quinta-feira, 21 de maio de 2009

Baú de discos - Cores Nomes - Caetano Veloso


Aproveitando a "força estranha" que derrubou Caetano Veloso no meio de um show em Brasília, meu baú de discos desta semana o homenageia falando de um de seus trabalhos que é sem dúvida uma super preciosidade... que adoooro...
Gravado em LP/1982 e CD/1989, Cores, Nomes é um clássico merecedor de destaque em minha coleção. Com batera, conga e bongô, o grande sucesso Queixa abre o disco com um prazeroso sotaque baiano. São 12 faixas, das quais 6 contam com a presença do baixista Arnaldo Brandão, que constrói suas linhas de baixo de forma marcante dentro das harmonias bem pensadas e a sempre boa relação entre as letras em caetanez e a melodia. O baixista que entre 1977 e 1983 fez parte da banda de base de Caetano: “A Outra Banda”, demonstra excelência, ao acompanhar o lirismo e sensualidade que Caetano Veloso exala neste trabalho. O disco traz também sucessos como Trem das Cores, Meu bem meu mal, Sonhos (música anteriormente gravada por seu compositor, o super brega Peninha, que Caetano em seu jeito cult de interpretar tentou “desbreguesar”), e o grande hit Sina de Djavan, que tem participação na música. Aliás o disco é cheio de participações especiais, como o trio Maria Bethânia, Gal Costa e Gilberto Gil, em Gênesis; e uma super banda sob o arranjo de João Donato também presente ao piano e Marcio Montarroyos no trompete, em Surpresa, que fecham o disco de forma brilhante. Ainda a presença do então baterista Vinicius Cantuária, que trocou as baquetas por uma carreira de cantor, a voz de Moreno Veloso, entre outros. E como o assunto aqui é baixo, vale falar mais do baixista Arnaldo Brandão que além de acompanhar muitos nomes da MPB, movimentou a cena pop brasileira, nos anos 80, criando grupos como O Brylho, que emplacou o hit A Noite do Prazer, Hanoi Hanoi, que tocava nas rádios brasileiras sem parar a música Totalmente Demais(também gravada por Caetano), compôs com Cazuza, O Tempo Não Pára, e com Lobão, Rádio Blá. Sem mais blá blá, nossa preciosidade é a boa música que sobrevive sem arranhões ao tempo, ao mau tempo, mudanças e modismos.
e agora... o momento da queda...

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