sexta-feira, 24 de julho de 2009

Marcus Braga - O baixo em Belém do Pará


Pra quem não conhece... apresento o baixista made in belém do pará Marcus Braga, colaborador da Revista Baixo Brasil, super parceiro nos Festivais Baixo Brasil e excelente músico...

A entrevista foi feita por Celso Pixinga...
Isso mesmooo... Estou treinanado todo pessoal da Baixo Brasil pra ser repórter.... vamos trabalhar geeeenteeee!!!!

Qual sua historia com o contrabaixo ?
Sou de uma família de músicos e evangélicos, então, desde muito cedo convivo em meio aos cantos, hinos e corais na igreja. Mas comecei a me sentir atraído pela sonoridade grave do instrumento escutando dois LPs da década de 70, "Se Eu Fosse Contar" e “De Vento em Popa” do grupo paulista Vencedores Por Cristo. O primeiro disco era composto de músicas americanas traduzidas para o português e o segundo de música essencialmente brasileira, mas aquelas músicas (e especialmente o baixo) me pareciam extremamente atraentes e modernas. A partir daí me apaixonei! Fui atrás, aprendi violão e, na seqüência comecei a aprender baixo. Até hoje não consegui largar mais.

Estudou com alguém ou é autodidata ?
Formalmente, estudei violão clássico na Escola de Música da Universidade Federal do Pará, mas não cheguei a concluir. Em seguida, me dediquei ao contrabaixo e passei mergulhar em métodos e vídeo-aulas disponíveis e tive dois professores, Adelbert Carneiro e Ney Conceição.
Há quanto tempo toca e gosta de que estilos?
Não sei ao certo, mas já toco baixo há mais de 20 anos.
Adoro rock (Hard Rock, Rock Progressivo, Metal Progressivo, Heavy Tradicional, Prog Death), Jazz (fusion, ou como queiram chamar, eu prefiro chamar de música instrumental contemporânea), e o que eu chamo de MPB Mineira (Beto Guedes, Milton Nacimento, Flavio Venturini, 14 Bis, Boca Livre, etc.).

Toca quais estilos?
Dos trabalhos que participo musicalmente, o mais antigo é o Corsário, banda de heavy metal tradicional e progressivo, que atua no underground paraense. Paralelamente, em 2005, me integrei a um grupo chamado Vasos de Barro, que desenvolve um som muito interessante, bem produzido, que mescla, MPB, elementos de música nordestina, jazz e até mesmo rock progressivo. Toco também em um trio de música mineira chamado Trio Perna de Pau.

Quais trabalhos fez como side man ?
Ao longo destes anos, tive a oportunidade de acompanhar cantores que vinham tocar no Pará ou mesmo na Região, como João Alexandre, Guilherme Kerr, Aline Barros, Asaph Borba, Marquinhos Gomes, Paulo Cezar (Grupo Logos), Carlinhos Félix, Atilano Muradas, Arlindo Lima e Jorge Camargo. Paralelamente a tudo isso, também sou um músico “de igreja”, onde toco todo tipo d
e som, tendo acompanhado diversos musicais com orquestras e feito várias turnês nacionais acompanhando grupos corais. Já toquei na Europa em algumas cidades, tocando violão e contrabaixo.

E na musica instrumental?
O maior destaque foi nossa apresentação em quinteto no Festival Cover Baixo, edição de Belém. Tenho alguns trabalhos de música instrumental com o tecladista Robenare Marques.

O que vc usa de equipamento ?
Baixo ER Master, de 6 cordas, feito em peça única de madeira (pau amarelo) pelo l
uthier paraense Edilson Ramos. Ferragens Gotoh, captação e circuito EMG. - Baixo Warwick FNA Jazzman, de 5 cordas. - Cabeçote Gallien-Krueger 700RB - Caixa Hartke 410TP - Transporter series.

Quais baixistas tem como referencia?
Os primeiros a me chamar atenção foram Guilherme Kerr Neto e Dimas Pezzato, nos antigos discos dos Vencedores por Cristo. Depois vieram Nelson Bomilcar e Marinho (Mario Cesar) Andreotti, que escutei muito. Mais tarde, fui me informando mais e acabei me tornando um colecionador de baixistas maravilhosos, dentre os quais destaco Jaco Pastorius, Geddy Lee, Victor Wooten, Tony Levin, Steve Harris, John Patitucci, Garry Willis, Abe Laboriel Sr., Dave La Rue, Anthony Jackson, Stanley Clark, Tom Keneddy, Richard Bona, Stewart Zender, Matt Garrison, Alain Caron, Pino Paladino, Lee Sklar, Nico Assumpção, Andria Busic, Arthur Maia, Alberto Continentino, André Neiva, André Gomes, Ney Conceição (orgulho do meu Pará) e Pedro Ivo. Recentemente passei a conhecer e admirar os trabalhos de Tony Grey, Hadrien Feraud, Yves Carbone, Ric Fierabracci e Janek Gwizdala.

O que está achando da evolução do baixo no Brasil?
Pra falar a verdade, fico até assustado com a rapidez com que estamos evoluindo no mundo do contrabaixo. Hoje, se você for no mais remoto interior de nosso país, nas cidades de mais difícil acesso, você vai encontrar baixistas que estão fazendo um som bem legal e que sabem ir atrás das coisas, pesquisar, etc. Rodando pelo interior do meu estado, vejo que os caras conhecem Ney Conceição, Richar Bona, Victor Wooten. Acho que a internet tem feito um verdadeiro milagre, o da multiplicação do conhecimento.

Quais seus planos para o futuro?

Ainda sonho em ter o trabalho reconhecido por um maior número de pessoas e sonho em fazer uma grande turnê mundial com algum músico famoso, de preferência dos que admiro.

Deixe um recado seu aqui
Escute muita música e escute todos os estilos. Pratique muito o “tocar em cima”. Praticamente tudo o que eu sei, aprendi botando o CD pra tocar e ir tentando tirar o que estava ouvindo. Aprenda tudo o que puder de teoria musical ... ajuda pra caramba !

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