quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dicas do Ronaldo Lobo para velocidade no rock


Ronaldo Lobo fala um pouco de técnicas de velocidade no rock.


Quero falar sobre o virtuosismo que alguns músicos tentam buscar e muitos conseguem atingir no Hard Rock, Rock Progressivo e no Hevy Metal.
Para alcançar esse objetivo são necessárias muitas horas de estudo, dedicação e disciplina.

Por volta dos anos 70 surgiram bandas como Emerson, Lake and Palmer, Yes e Rush, que chamaram nossa atenção para a complexidade de suas composições, principalmente para os baixistas. Ritmos quebrados, muitas mudanças de compassos e andamentos numa mesma música. Contrapontos e dobras com guitarras e teclados, destacaram os baixistas destas bandas.
Notas precisas, grooves bem elaborados em ritmos e harmonias complexas.

Mas o que queremos ressaltar, são as “técnicas de velocidade“ e os “fraseados”, que quando não são dobras com guitarra ou teclados, são contrapontos, ou são parte do próprio groove ou solos.
Uma observação muito importante também é que para técnicas de velocidade o cotovelo do braço direito, você pode deixá-lo para cima, isso deixará os tendões mais livres e aumentando a velocidade.
Podemos começar com exercícios de coordenação que chamamos de digitações, esse exercícios são importantíssimos para atingirmos nossos objetivos. Façam cada digitação dessas no braço todo.

Obs.: Esses números são os dedos da mão esquerda e não as casas, você irá usar um dedo para cada casa (dedo correpondente). Quanto a mão direita, você pode usar tanto a técnica de dois dedos como a de três.
Inicie em 60 bpm tocando uma nota por tempo, depois duas e por último quatro.
(em um compasso quatro por quatro)
1234 2134 3124 4123 1243 2143 3142 4132 1324 2314 3214 4213 1342 2341 3241 4231 1423 2413 3412 4312 1432 2431 3421 4321

é bom lembrar, que a posição do instrumento musical em relação ao corpo e a postura do corpo são muito importantes. Hábitos inadequados de postura podem prejudicar a coluna cervical, os tendões, os músculos etc, além de comprometerem o desempenho musical. É aconselhável alongar e aquecer as mãos e os braços (músculos, tendões, etc) por meio de alguns exercícios como estes, seja antes de estudar, ensaiar, shows, enfim.

O aquecimento pode ser feito com exercícios técnicos e exercícios de alongamento, sempre iniciados lentamente.
Vamos continuar com exercícios para a técnica de Pizzicato tocados com dois dedos que são o indicador e o médio. Alguns baixistas preferem tocar com três dedos (acrescentando o anelar), daí fiquem a vontade em adaptar esses exercícios para três dedos.

A ordem a ser usada poderá variar; 1,2,3, 1,2,3,2 ou 3,2,1.
Também podem ser adaptados pelos baixista que gostam de tocar com Palheta, daí procure alternar a palhetada para baixo e para cima. Para atingir a técnica com velocidade temos que passar por um longo processo, fazendo vários exercícios começando em velocidades baixas e subindo progressivamente sempre com o auxílio do metrônomo.

Procurem estudar os desenhos das Escalas modos Gregos (ou Gregorianos).
Os Modos são ferramentas importantíssimas para desenvolvermos velocidade, sua utilização é imensa, pois tudo tem início nas escalas.
Cada modo pode ser feito em três desenhos diferentes porém mantendo as mesmas notas e intervalos.

Em seguida passe para o padrão em semicolcheias no modo Jônio e no Eólio. Agora andaremos quatro notas da escala e voltaremos duas, usando as semicolcheias (que nesta fórmula de compasso tocamos quatro notas por tempo).
Faça esse exercício em todos os modos.
Depois passe para saltos de terças e de sextas. Agora começamos a usar saltos utilizando as escalas, no salto de terças você toca uma nota e a terceira dela dentro da escala escolhida.
A mesma coisa é feita no salto de sextas só que tocando a sexta nota de cada. Então é isso... muita dedicação, estudo e diversão Qualquer duvida entre em contato:

ronaldolobo@superig.com.br

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