segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Adeus a cantora Mercedes Sosa


Mercedes Sosa - a grande voz da canção de protesto nos anos 70 e 80, morreu ontem, aos 74 anos

A cantora Mercedes Sosa nasceu na cidade argentina de Tucumán, no dia 9 de julho de 1935 e começou a carreira em 1950, aos 15 anos.
Na década de 1960, a cantora se envolveu com a música folclórica argentina. Com o marido, Manuel Oscar Matus, gravou seu primeiro disco, "Canciones con Fundamento", em 1965. Neste ano, também gravou a música "Palomita del Valle", no álbum "Romance de la Muerte de Juan Lavalle", de Ernesto Sábato e Eduardo Falú. Em 1967, passou a ser conhecida nos Estados Unidos e Europa, após se apresentar em Miami, Lisboa, Porto e Roma, entre outras cidades. Alguns anos depois, gravou com Ariel Ramirez e Felix Luna, a "Cantata Sudamericana" e "Mujeres Argentinas", além de um tributo também à chilena Violeta Parra, no álbum "Homenaje a Violeta Parra".

Militante ativa Em 1979, um show na cidade de La Plata é interrompido e Mercedes e o público são presos. No mesmo ano, exila-se em Paris e depois se instala em Madri. Regressou à Argentina em 1982.

Militante ativa contra a ditadura militar nos anos 70 e 80 --quando se celebrizou como "a voz" da canção de protesto latino-americana--, Sosa apoiou a eleição dos Kirchner recentemente.
Em mais de 40 anos de carreira, Mercedes Sosa, produziu uma extensa discografia.

Ela também gravou duetos com artistas brasileiros como Milton Nascimento, Caetano Veloso e Fágner.


Artistas brasileiros lamentam morte de Mercedes Sosa:


GAL COSTA, cantora: "A Argentina e o mundo perderam uma grande voz e uma grande personalidade. Negra, como era chamada, lutou contra as injustiças através da sua voz e da sua música. Como pessoa era doce e amiga terna."

MILTON NASCIMENTO, cantor:
"Minha querida: que Deus nos ajude para continuarmos enchendo o mundo de música, poesia, que são nossa imagem. Eu te amo muito e sou muito feliz por ter trabalhado com você. Na maioria das vezes em que estivemos juntos, coisas mágicas sempre aconteceram.

"
MARIA RITA, cantora: "Sua história é de guerra, é de entrega. É de chorar as vítimas dos medos, das sombras, das entranhas latino-americanas.

"
BETH CARVALHO, cantora: "Ficamos amigas nos anos 70 e ela dizia que vinha ao Brasil para ver Fagner, Milton [Nascimento] e eu. Tínhamos uma identidade absoluta. Eu já a tinha convidado para participar de um projeto meu, "Beth Canta as Canções Revolucionárias Latino-Americanas"."

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